Convocado a depor na CPI da Petrobras, o empresário Milton Schahin se revoltou: "Trabalho feito um condenado para chegar ao final da vida e aqueles ladrões me chamarem de quadrilheiro." FOTO: SIMON PLESTENIAK_2015
Em águas profundas
A guerra entre uma empreiteira e um aliado de Eduardo Cunha expõe as entranhas da CPI da Petrobras
Malu Gaspar | Edição 107, Agosto 2015
“O senhor acha que vocês estão acima da lei, que podem fazer o que bem entendem, desde que paguem propina a agentes públicos?” A primeira pergunta endereçada ao depoente que comparecia à Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobras na tarde de 27 de maio caiu no vazio. Sentado num dos cantos da longa mesa da comissão, junto aos dois advogados que o acompanhavam, o empresário Carlos Eduardo Schahin limitou-se a responder o que havia ensaiado: “Por orientação dos nossos advogados, eu vou ficar em silêncio.” Seria assim diante de todas as outras indagações que lhe seriam feitas.
Assistindo a tudo dos bastidores, outros quatro membros do clã aguardavam a vez de falar. Entre eles, o pai e o tio de Carlos Eduardo, Salim e Milton Taufic Schahin, os irmãos fundadores de um conglomerado empresarial que chegou a ter 10 mil funcionários e hoje amarga um complexo processo de recuperação judicial.
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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