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Felipe Neto contra a cadela do fascismo

    Felipe Neto, em casa, onde tem um estúdio de tatuagem: “Não suporto comportamentos típicos de gente que nasceu rica, como a soberba. Que enxerga a classe trabalhadora como serviçal” CRÉDITO: PEDRO GARRIDO_2023

questões políticas

Felipe Neto contra a cadela do fascismo

Como o influenciador digital, antes conhecido pelos vídeos infantojuvenis, enfrentou Bolsonaro e fez campanha para eleger Lula

Filipe Vilicic | Edição 198, Março 2023

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Na noite do dia 30 de outubro de 2022, Felipe Neto, o mais bem-sucedido youtuber do Brasil, estava tão alegre, mas tão alegre, que pulou na piscina de sua casa de roupa e tudo. Antes dessa explosão de felicidade, porém, ele comeu o pão que o diabo amassou. Se Jair Bolsonaro tivesse sido reeleito naquela noite, Felipe Neto tinha uma rota de fuga preparada. Deixaria sua casa na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, rumo ao Aeroporto do Galeão, e se mudaria para Buenos Aires. Todos – ele próprio, sua equipe de segurança, um amigo e um primo – já estavam de malas prontas para a viagem. Embarcariam em um jatinho particular, alugado. Na capital argentina, eles se hospedariam em um hotel por ao menos um mês, até acharem uma casa ideal para locação.

“O governo Bolsonaro tentou me prender duas vezes, com dois inquéritos ilegais absurdos. Claro que iriam atrás de mim num segundo mandato, quando governos autoritários costumam pegar bem mais pesado”, diz Felipe Neto à piauí, acomodado na sala de sua casa de três andares, no condomínio de alto padrão Quintas do Rio, à beira da Lagoa de Jacarepaguá. Apesar de nunca ter visitado a Argentina nem falar espanhol, ele escolheu o país vizinho como lugar do possível exílio para ficar perto do Brasil. “Para os Estados Unidos, eu não iria sob nenhuma hipótese. Não gostaria de abandonar a América Latina.”

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