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    Lula e Josué Gomes, presidente da Fiesp: o caldo de insatisfação que borbulhava na entidade desde a posse do empresário transbordou quando ele aderiu à campanha em prol da democracia CRÉDITO: NELSON ALMEIDA_AFP_2023

questões patronais

A virada da Fiesp

Como os industriais paulistas, após longo namoro com o bolsonarismo, se reaproximaram do PT

Ricardo Balthazar | Edição 200, Maio 2023

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Quando o empresário Josué Christiano Gomes da Silva chegou ao salão nobre da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, em 30 de janeiro, o local já estava lotado. No caminho até a mesa principal, o presidente da Fiesp foi cercado por dirigentes de sindicatos associados à entidade, que faziam questão de cumprimentá-lo. Assim que os salamaleques terminaram, Gomes se aproximou da mesa, onde o esperavam de pé o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e outros convidados. Todos sentaram nos lugares indicados com seus nomes, e Gomes deu início aos trabalhos da última reunião da diretoria da Fiesp prevista no calendário de janeiro.

Ele começou contando como conheceu o ministro, empossado havia quatro semanas apenas. O encontro ocorreu décadas atrás, quando Gomes visitou a loja do pai de Haddad, cliente da indústria têxtil de sua família, a Companhia de Tecidos Norte de Minas (Coteminas). Khalil Haddad tinha negócios numa área de comércio popular no Centro de São Paulo, a cujos lojistas o pai do empresário, José Alencar Gomes da Silva, vendia tecidos. Do jovem Fernando Haddad, o presidente da Fiesp guardou a lembrança de um negociador difícil: “Como comprador, ele judiava da gente brutalmente, porque sempre queria pagar mais baixo.” Haddad fez 60 anos em janeiro, e Gomes completará a mesma idade em dezembro.

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