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    IMAGEM: ANDRÉS SANDOVAL

esquina

A foto da discórdia

A batalha das feiras evangélicas

Anna Virginia Balloussier | Edição 135, Dezembro 2017

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Luciana Mazza se enrolou num cachecol de plumas azuis e prendeu num rabo de cavalo as madeixas louras à Donatella Versace. Lançou um olhar sisudo à câmera do celular e foi com Deus: “Irmãos, meu motivo de estar aqui seria para, primeiramente, agradecer às inúmeras manifestações que recebi pelo meu aniversário. Mas não estou aqui por um motivo bom.”

Dias antes, a idealizadora do Salão Internacional Gospel, feira voltada ao segmento evangélico, celebrou seus 42 anos numa delegacia da Zona Sul paulistana. Pagou 423,92 reais para registrar em ata notarial a acusação de que uma marca concorrente, a Expo Cristã, usara uma foto promocional do Salão como se a imagem fosse de sua própria feira.

Concebido por Mazza e pelo marido, o Salão Internacional Gospel reúne artistas, empresários e profissionais ligados à música de inspiração cristã, e já teve quatro edições. A foto usada pela feira concorrente foi tirada na edição de 2015 e mostrava uma multidão de participantes transitando entre os estandes do salão.

 

“Estou in-dig-na-da”, disse Mazza três semanas depois, quando conversou com a piauí numa padaria no edifício Copan, no Centro de São Paulo. Desferiu ataques tão amargos quanto sua limonada suíça sem açúcar. “A palavra de Deus manda perdoar, mas ser crente não é ser demente”, disse a jornalista, que tem passagem pela editoria policial do jornal O Globo e pela revista Lar Cristão.

 

A mentora do evento que usou a foto do Salão em seu material promocional é Adriana Barros. Filha de feirantes que vendia chocolates na rua durante a infância, Barros se tornou uma magnata no meio evangélico à frente da Rede do Bem Group, que engloba emissoras de rádio e tevê. Recentemente, adquiriu os direitos sobre a marca da Expo Cristã, feira evangélica cuja programação inclui palestras, oficinas e apresentações de música gospel. A edição de 2017 – a 13ª – seria a primeira organizada por seu grupo.

Barros é uma mulher de 40 anos e cabelos louros, com cara de quem já acorda de maquiagem, como num núcleo rico de novela. Recebeu a reportagem num escritório em Alphaville com sabonetes L’Occitane no banheiro, água mineral italiana no frigobar e quadros de Alfredo Volpi nas paredes forradas de veludo bege. A empresária fez pouco caso do Salão Internacional Gospel ao reagir à acusação de apropriação indevida da foto. “Ainda existe essa feira?”, perguntou, com cara de desdém. “Na realidade, a única feira gospel que vai existir é a nossa.”

 

Na versão de Barros, o uso da foto da concorrência foi apenas um erro honesto, que seria reparado. “Uma agência pegou a imagem do YouTube”, explicou. “Até agradeço a essa moça de nome Luciana por apontar o equívoco”, continuou, lembrando que a feira organizada por ela tem muito mais público que o Salão Gospel.

Segundo a organização, a Expo Cristã levou em agosto 62 mil pessoas a um centro de convenções na Zona Norte da capital paulista. O evento reuniu youtubers evangélicos de canais como o Crente Que É Gente e promoveu um encontro de pastoras – entre as quais Elizete Malafaia, esposa de Silas, e Ingrid Duque, que já organizou a “campanha das sete semanas do embelezamento” em sua igreja, a Plenitude do Trono de Deus.

Um dos estandes oferecia o serviço de um “coach cristão”, que por 997 reais prometia ajudar pastores a animar “os membros da sua igreja que estão desmotivados”. Outra banca vendia o Kit Ceia, que inclui um quadradinho de pão e suco de uva. Mais adiante, pastores podiam comprar máquinas de cartão de crédito e débito customizadas para igrejas, um serviço chamado de Dízimo Fiel.

 

Já o Salão Internacional Gospel, no fim das contas, não teve público algum. Programado para setembro, foi cancelado depois que a Secretaria Estadual de Turismo recuou na decisão de apoiar a realização da feira com 400 mil reais.

 

Contrariando o provérbio bíblico que recomenda não se alegrar com a queda do inimigo, Adriana Barros ironizou o cancelamento do evento rival. “Não te disse que essa feira não iria sair meu amor!!!!”, ela escreveu à repórter pelo WhatsApp tão logo soube da notícia pelo site O Fuxico Gospel. Arrematou o recado com cinco emojis de macaquinhos tapando os olhos, em referência ao provérbio japonês dos três macacos sábios (“Não ver o mal, não ouvir o mal, não falar o mal”).

No mesmo dia, o Salão enviou uma nota à imprensa evangélica anunciando o cancelamento do evento. Qualificou de “total desrespeito” a decisão do governo estadual de suspender o apoio financeiro. Se o Salão não tivesse ido a pique, os eventos seriam realizados com pouco mais de um mês de diferença.

Assinado por Mazza e pelo marido, o comunicado tinha tom rancoroso. “Pena que grande parte da liderança e dos players que compõem este mercado hoje estejam corrompidos (sic) pela falsa teologia da prosperidade, pelas heresias, pela ganância”, escreveram. “Fomos agredidos de forma voraz e antiética pela concorrência, apoiada por estes falsos profetas, e chegamos à conclusão que ‘cada mercado tem a feira que merece’.” O lamento se estendeu ao Facebook de Mazza: “Continuem orando por mim, mas que orem ainda mais pelos meus inimigos, eles vão precisar.”

Quando a Expo Cristã foi aberta ao público, em 17 de agosto, o Salão Gospel já havia naufragado. O café da manhã de abertura, organizado para centenas de pastores, foi realizado num salão com lustres simulando cristal. A decoração foi assinada por Andréa Guimarães, profissional que presta serviço “para todos os tops da Caras”, conforme definiu Adriana Barros.

No café estavam o prefeito João Doria e o governador Geraldo Alckmin, sentados ao lado do “amigo” Silas Malafaia, deferência que os tucanos usaram para qualificar o pastor carioca que lidera a Assembleia de Deus Vitória em Cristo. A presença de Michel Temer foi anunciada e sua equipe de segurança chegou a inspecionar o local, mas o presidente furou de última hora. Foi a deixa para Mazza alfinetar a feira rival nas redes sociais, fazendo troça com seu slogan: “Onde todos se encontram… menos Deus e o Temer.”

Anna Virginia Balloussier

Repórter especial da Folha de S.Paulo, escreve sobre religião, política, eleições e direitos humanos. Autora dos livros O Púlpito - Fé, Poder e o Brasil dos Evangélicos (Todavia) e Talvez Ela não Precise de Mim: Diários de uma Mãe em Quarentena

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