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    L’Oyapoc et l’Amazone (1861), de Caetano da Silva: o Barão do Rio Branco anotou compulsivamente nas margens deste livro, que lhe serviu de apoio na defesa da anexação do Amapá ao Brasil CRÉDITO: MUSEU HISTÓRICO E DIPLOMÁTICO DO ITAMARATY_ERERIO_MRE

anais da história

O lado B do Barão

A marginália do Barão do Rio Branco, o chanceler que ajudou a definir as fronteiras do Brasil

Cristiane Costa e Luís Cláudio Villafañe G. Santos | Edição 220, Janeiro 2025

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Conhecimento é poder. Ciente disso, uma das primeiras providências do Barão do Rio Branco (1845-1912) ao assumir o Ministério das Relações Exteriores, em 1902, foi mandar construir um prédio para abrigar a biblioteca do Itamaraty, montada com base em sua coleção particular de mais de 6 mil livros, muitos deles raros e de grande valor, além de relatórios e mapas históricos. Esse acervo permitiria dar mais legitimidade ao “antigo saber” que apoiava a posição do Brasil com relação às suas fronteiras.

A ampla cultura de Rio Branco foi a chave de seu sucesso nas arbitragens sobre o território de Palmas, a Oeste dos estados de Santa Catarina e Paraná, disputado com a Argentina, e sobre o Amapá, disputado com a França. Ambas as defesas são consideradas monumentos de erudição histórica, geográfica e jurídica. Nas negociações de limites com Uruguai, Bolívia, Peru, Colômbia e a então Guiana Holandesa, também foi decisivo o vasto conhecimento do Barão sobre os temas em disputa. Por esses feitos, ele é considerado um paradigma dos diplomatas brasileiros e um herói nacional.

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