Neymar e o seu cala-boca: é um dos poucos craques da nossa história sem um apelido, essa forma tão brasileira de driblar a distância. Galvão até tentou o “Menino Ney”, mas não pegou CRÉDITO: KLEBER SALES_2023
Tite, Neymar e um Brasil fraturado
Como o técnico e o jogador se tornaram símbolos opostos na guerra cultural brasileira
Leonardo Villa-Forte | Edição 198, Março 2023
I
Ao longo de 22 Copas do Mundo, 15 diferentes treinadores encabeçaram a equipe da Seleção Brasileira. Até 2022, desses 15, somente 2 haviam recebido a chance de ocupar o mais alto cargo esportivo do país em duas edições seguidas do torneio mundial. Adenor Leonardo Bacchi, conhecido como Tite, tornou-se o terceiro a realizar a façanha. O gaúcho de Caxias do Sul, ainda assim, talvez tenha cumprido uma façanha mais relevante: no curso desses anos barris de pólvora, marcados radicalmente pela discórdia e a desarmonia, Tite foi a figura nacional que mais se aproximou da unanimidade. Enquanto famílias se dividiam, uma estranha calmaria pairava na Seleção.
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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