A multiartista passou os últimos anos vivendo com Cornélio, seu gato, em hotéis baratos CRÉDITO: ACERVO PESSOAL
Pimenta-rosa
O percurso brilhante, rebelde e trágico de Denise Assunção
Luiz Chagas | Edição 209, Fevereiro 2024
Nem bem 2024 raiou e Denise Assunção partiu. Sua morte em 4 de janeiro, aos 67 anos, mereceu chamada na primeira página da Folha de S.Paulo e velório no Teatro Oficina, onde a atriz, cantora, compositora e performer se apresentava desde 1984. As duas homenagens, apesar de significativas, dão somente uma tênue ideia da dimensão artística dessa mulher preta, desconhecida fora das rodas culturais alternativas.
O diretor José Celso Martinez Corrêa – fundador do Oficina, que morreu há sete meses – se referiu assim à parceira de trupe em 2012, numa entrevista ainda inédita: “A Denise é uma coisa estranhíssima. Negra, no escuro do teatro emite uma luz… Irradia, porque tem uns olhos fortes, um sorriso maravilhoso. Às vezes, fica com essa luz acesa o tempo todo.”
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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