O réu Salah Abdeslam (de pé, ao microfone), depondo no tribunal em Paris: um juiz pergunta a uma testemunha se os terroristas do Bataclan falavam francês bem, sem sotaque CRÉDITO: IVAN BRUN_LE MONDE_2022
“Você se levantou e morreu”
Por dentro do maior julgamento da história da França
Madeleine Schwartz | Edição 190, Julho 2022
Tradução de Rogério Galindo
Por volta das nove da noite do dia 13 de novembro de 2015, um homem se explodiu do lado de fora do Stade de France, em Saint-Denis, nos arredores de Paris. Até os jogadores em campo – um amistoso entre as seleções da Alemanha e da França – sentiram o impacto. Era o início de uma série de atentados na capital francesa, que atingiram restaurantes, cafés e o Bataclan, a casa de espetáculos em que se apresentava uma banda norte-americana de rock, o Eagles of Death Metal. Ao todo, os ataques, reivindicados pelo Estado Islâmico, deixaram 130 mortos e mais de 490 feridos. Em setembro passado, quando começou aquele que é o maior julgamento da história da França – 20 acusados: 14 presentes no tribunal e 6 julgados à revelia –, a jornalista MADELEINE SCHWARTZ passou a acompanhar as audiências com seu bloco de anotações. Este é o seu relato.
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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