Para cada logradouro homenageando Olga Benário, dois lembram Filinto Müller, chefe da polícia política de Vargas
Filinto Müller, que tem 58 endereços em sua homenagem, foi um militar e político que integrou o movimento que pôs fim à República Velha e colocou Getúlio Vargas no poder. Em 1935 ergueu acusações contra a Aliança Nacional Libertadora (ANL) que, segundo ele, era uma organização comunista. Durante o período de repressão de Vargas, Müller esteve à frente da chefia da polícia política, comandando perseguições, torturas e deportações, inclusive a da militante alemã Olga Benário.
Mesmo com este histórico, o militar recebe o dobro de homenagens que Olga Benário – tem apenas 28 endereços com seu nome. Olga era judia, filiada ao Partido Comunista em Moscou e mulher de Luis Carlos Prestes, também perseguido pelo governo de Vargas e líder da ANL. A militante foi presa e torturada pelo governo de Vargas; logo após a prisão, declarou que estava grávida e foi deportada para a Alemanha nazista, onde teve sua filha mas, em seguida, morreu numa câmara de gás.
Fonte: Pindograma, com dados do IBGE.
Jornalista e autora de Memórias Interrompidas: testemunhos do sertão que virou mar. Foi estagiária de jornalismo na piauí e também já contribuiu com Universa Uol, G1 Ceará e Diário do Nordeste.
É editor-chefe do Pindograma, site de jornalismo de dados, e estudante de História na Universidade de Stanford.
É designer e diretora do estúdio BuonoDisegno
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