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Um bom começo

Desde a vitória de quatro a um sobre a Argentina, na final da Copa das Confederações de 2005, a seleção brasileira não tem uma atuação tão boa quanto a de ontem.

| 01 jul 2013_12h01
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Na primeira entrevista que deu, após a derrota do Brasil para a Holanda na Copa do Mundo de 2010, o autoexilado ex-presidente da CBF anunciou um profundo processo de renovação na seleção brasileira. Segundo Ricardo Teixeira – talvez na única coisa certa que ele tenha dito ou feito durante seu longo reinado –, a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos e o título na Copa das Confederações não seriam importantes, pois o que valia era preparar a seleção para ganhar a Copa do Mundo de 2014. Ok. Mas, se o título da Copa das Confederações não tem tanta importância assim, a maneira como ele foi conquistado tem.

Desde a vitória de quatro a um sobre a Argentina, na final da Copa das Confederações de 2005, a seleção brasileira não tem uma atuação tão boa quanto a de ontem. É claro que, em jogos equilibrados, um gol com menos de dois minutos é capaz de virar a partida pelo avesso, mas nosso time jogou com disciplina tática, concentração na marcação e enorme objetividade, fazendo uma partida que beirou a perfeição.

A vitória por três a zero não significa que Espanha e Alemanha deixam de ser favoritas para o ano que vem – não acredito na seleção da Argentina, mas isso é assunto para outro post. Entretanto, ontem começamos a ter um time e, mais que isso, ficou clara a importância que há no fato de jogar em casa. Nas Copas do Mundo, a coisa tem acontecido assim: as seleções do Uruguai, Itália, Inglaterra, Alemanha, Argentina e França foram campeãs em casa. Além disso, Suécia, Chile e Coreia do Sul conseguiram, em casa, suas melhores colocações, chegando em segundo, terceiro e quarto lugares. Se não abusarmos da nossa capacidade de fazer bobagens, vai ser muito difícil – mesmo se não tivermos a seleção mais forte da competição – alguém ganhar do Brasil no ano que vem.

A nota negativa do jogo de ontem foi o que, infelizmente, parece ser uma tendência irreversível nos novos, belos e elitizados estádios brasileiros: com Jefferson, Dante, Marcelo, Jô e outros poucos, havia mais negros entre os 23 convocados da seleção brasileira do que entre os 73.500 torcedores que foram ao Maracanã.

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