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    Dom Odilo Scherer e Padre Bartolomeu durante missa na Paróquia Nossa Senhora do Monte Serrate, em São Paulo Divulgação

questões de religião

“Você sabe que não pode mentir, porque você vai para o inferno”

História do rapaz estuprado por um padre e que viveu situação análoga à escravidão é analisada na Comissão Interamericana de Direitos Humanos

Eduardo Reina e José Dacauaziliquá, de São Paulo | 23 set 2024_08h49
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Reportagem atualizada em 30/09/2024 às 12h15.

Natural de Mauazinho, um bairro pobre de Manaus, Elissandro Dias Nazaré deixou a mãe e os dois irmãos mais novos para viver em São Paulo, em 2013, aos 16 anos, em busca de melhores oportunidades de vida. Foi morar com o pai, Ivens Nazaré de Siqueira, com quem tinha pouco contato, no Jardim Bonfiglioli, na Zona Oeste. A relação, que já era distante, se tornava ainda pior pelo consumo excessivo de álcool do pai. 

Praticamente sozinho, o jovem passava a maior parte do tempo na escola Fernão Dias Paes e em uma unidade do Sesc, ambas na região de Pinheiros, onde praticava natação. Em paralelo, trabalhava numa lanchonete de fast food na Zona Sul. Seu salário, no entanto, era confiscado pelo progenitor. “Meu pai ficava com o cartão do banco [pelo qual recebia o salário]. Mas ele não tinha controle [para utilizar o dinheiro e gastava tudo]. Só me deixava o vale-transporte”, lembra Elissandro, que hoje tem 27 anos e está desempregado.

Foi na mesma região de Pinheiros que o jovem, em 2014, conheceu a Paróquia Nossa Senhora do Monte Serrate. Angustiado com sua vida, entrou no recinto, sentou-se no primeiro banco e começou a rezar. Foi quando apareceu o padre Bartolomeu da Silva Paz, trajado com a batina, e colocou a mão sobre seu ombro. Começaram a conversar e o rapaz sentiu-se confortado. O religioso o convidou a ir até a sacristia. Eli, como é conhecido por pessoas próximas, desabafou ao falar sobre a vida dura na capital paulista, do pai que ficava com seu dinheiro e da falta de esperança. O religioso também narrou episódios difíceis de sua trajetória, como a infância pobre na cidade de Limoeiro (PE), onde nasceu. 

Um mês depois do primeiro encontro, com a relação de amizade mais estabelecida, o sacerdote convidou Elissandro para conhecer um sítio em Vargem Grande Paulista, na região metropolitana de São Paulo. No caminho, Bartolomeu parou em um mercado para comprar comidas e bebidas. Naquele mesmo dia, à noite, o jovem foi alcoolizado e estuprado. O episódio, segundo Elissandro, foi o primeiro de uma sequência de abusos cometidos pelo padre entre 2014 e 2018, e que só foram interrompidos quando ele buscou a justiça canônica e criminal para denunciar a conduta do religioso. Sem resultados práticos, ele buscou as cortes internacionais, e seu caso agora está sendo avaliado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), organismo da Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington, nos Estados Unidos.

A história de Elissandro e as batalhas judiciais que ele travou ao longo dos últimos anos têm vários capítulos. O primeiro deles ocorreu na esfera canônica. Em 23 de março de 2018, o jovem prestou seu primeiro depoimento na sede da Cúria Metropolitana de São Paulo. Elissandro esperava acolhimento ao denunciar os malfeitos de Bartolomeu, mas a devolutiva foi um sussurro ameaçador vindo de um dos seus inquisidores, ressaltando que ele deveria “dizer a verdade”. Ele não esquece o que viveu naquele dia: permaneceu sozinho durante três horas de inquirição, sem a presença de um advogado, reproduzindo por várias vezes em voz alta um texto escrito em um papel. Estava nervoso, gaguejava e com o coração disparado. Feito isso, ouviu: “você sabe que não pode mentir, porque você vai para o inferno.” Seu advogado foi impedido de permanecer no local por não ser especialista em direito canônico. Nem a igreja, como é de praxe, nomeou um profissional para acompanhá-lo.

Após a denúncia, o Arcebispo Metropolitano de São Paulo, cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, mandou instaurar uma Comissão de Investigação Prévia, conforme orienta o Código de Direito Canônico. A comissão é formada por membros da igreja para apurar e analisar a veracidade de alegações ou denúncias envolvendo integrantes do clero em casos que possam ferir a ética, a moral e as normativas da Igreja Católica. Essa equipe desempenha um papel crucial na busca pela verdade, na preservação da integridade da fé e na manutenção da justiça no âmbito eclesiástico segundo sua própria definição. Após avaliação dessa comissão, foi aberto um processo canônico administrativo, mas seu desfecho é desconhecido por Elissandro.

O caso de Elissandro chegou ao conhecimento do papa Francisco, que manifestou-se por meio do atual núncio apostólico no Brasil, dom Giambattista Diquattro, cargo equivalente de embaixador da Santa Sé em um país católico. O documento enviado a Dom Odilo Scherer , de junho de 2021, afirma que o Papa havia sido informado pessoalmente e que ele “aprovou a atuação de Vossa Eminência, encorajando-o a continuar seguindo atentamente os casos e servindo-se da ‘Comissão Arquidiocesana de Tutela contra Delitos Sexuais cometidos por Clérigos’ e de colaboradores preparados”. 

Sem notícias sobre o caso, Elissandro entrou com uma ação judicial em 2021 para ter acesso ao processo administrativo aberto pela Igreja. Ele venceu a Arquidiocese de São Paulo por duas vezes no Tribunal de Justiça de São Paulo, que apelou com recursos Superior Tribunal de Justiça e ao Supremo Tribunal Federal. Com as seguidas derrotas, e na iminência de ter que seguir a determinação judicial, a Igreja Católica paulista mudou sua estratégia de defesa na justiça. Saiu o jurista e padre José Rodolpho Perazzolo, que entre outras coisas afirmava que Elissandro inventou o estupro para obter proveitos financeiros, para dar lugar ao escritório Bottini & Tamasauskas Advogados, dos advogados Pierpaolo Cruz Bottini e Igor Sant’Anna Tamasauskas.

A partir da mudança, a igreja católica paulista conseguiu frear as vitórias de Elissandro na justiça comum. A equipe do Bottini e Tamasauskas alegou que a entrega do processo canônico poderia gerar não só uma tensão entre o judiciário brasileiro e a Igreja Católica, como até mesmo um atrito diplomático entre o Brasil e a Santa Sé, já que o documento está no Vaticano e , portanto, fora do território nacional. Uma medida de busca e apreensão geraria um “forte assédio midiático”, já que nele há “dados pessoais sensíveis”, entre eles “notadamente a homossexualidade” do sacerdote. Apontam ainda que o cumprimento da sentença violaria o Acordo Internacional celebrado entre o Brasil e a Santa Sé. Assim, Elissandro não sabe qual o desfecho dado pela igreja às denúncias que fez ao padre. 

Em paralelo a ação canônica, Elissandro moveu uma ação criminal contra Bartolomeu em 2018, sob a acusação de estupro. A investigação do Ministério Público de São Paulo apresenta elementos do abuso cometido pelo padre. O sítio onde Elissandro relata ter sido estuprado pertence à Associação Cultural e Beneficente para o Bem-Estar do Idoso, presidida por Bartolomeu. De acordo com o Ministério Público, “naquele local, o denunciado entrou na piscina com Elissandro, apalpou o seu peito e tentou tocar suas partes íntimas. Percebendo que a vítima ficara constrangida, o denunciado disse que aquelas condutas eram necessárias para que pudesse ensiná-lo a lutar judô aquático. Posteriormente, naquela noite, Bartolomeu e a vítima ingeriram bebidas alcoólicas, quais sejam, uísque e vinho. Aproveitando-se do estado de embriaguez de Elissandro, que estava desacordado e, por isso, não conseguia oferecer resistência, o denunciado praticou, com ele, pela primeira vez, sexo anal.” No dia seguinte, o rapaz acordou com dor no ânus e a cueca manchada de sangue, relata a promotoria. Por não se recordar do que havia ocorrido, e desconfiado do padre ter colocado algo em sua bebida, questionou Bartolomeu, que lhe respondeu com outra pergunta: “você não se lembra?”, dando risadas.

A denúncia do Ministério Público de São Paulo busca mostrar que as investidas do sacerdote sobre Elissandro se tornaram rotineiras, inclusive dentro da casa paroquial. Ele alega que ficou muito constrangido, envergonhado e com medo, pois o clérigo já havia afirmado que possuía uma arma de fogo. Diante das investidas ele acabava cedendo, também pressionado pela escassez financeira e a solidão na metrópole.

A investigação relata ainda que Bartolomeu “arrumou local para a vítima morar e após esta ter deixado o emprego que tinha numa rede de lanchonetes, passou a tratá-lo como um secretário, responsável por várias atividades da paróquia”. Com frequência, o religioso determinava que a vítima lixasse seus pés e, posteriormente, praticasse sexo oral. Ou pegava a mão de Elissandro e a colocava sobre seu pênis, afirmando que se fizesse carícias seria recompensado com o pagamento de cursos e tratamento dentário. 

Em mensagens trocadas por aplicativo pelo denunciado com a vítima é possível verificar que o padre sempre chamava Elissandro para ir até a paróquia, para que “tomassem café juntos”. “Do contexto das mensagens, sugere-se que o convite se destinava a encontros sexuais, pois os convites eram feitos somente quando os parentes do denunciado saíam da casa, e então Elissandro estaria liberado para lá comparecer – tinha que entrar pelos fundos da paróquia –, tomarem café juntos e irem para o quarto”, mostra o relatório do Ministério Público. 

“Ele fazia esse café. [E dizia] Olha se você quer alguma coisa na vida, você tem que fazer um sacrifício, você tem que dar uma às vezes, é o bem. Sabe, às vezes, aí que Deus se mostra sabe? [Ele] Pegava a batina e botava. Você tá fazendo uma vontade de Deus. Então, eu não te ajudo? Então, dessa forma que você me ajuda e ajuda a igreja. Eu sou um padre. Você acha que a minha vida é fácil… cuidar desse povo aí…”, repete Elissandro à piauí, sobre o que foi dito a ele por Bartolomeu.

A vítima afirma ainda que o padre o sujeitou a praticar várias perversidades, envolvendo sedução, pressões psicológicas e falsas promessas. Contou que se submetia a se relacionar com o denunciado por medo de exposição, de represálias, de ser julgado pelos outros e até de perder a vida. Disse que vivia sob constante pressão, num inferno psicológico, pois o padre ordenava que ele enviasse fotos, pelo celular, de sua genitália, de suas nádegas, e sempre com comentários libidinosos: “quero ver essa bunda gostosa”, “ tô de pau duro”, “louco pra te comer”. Hoje Elissandro desenvolveu síndrome do pânico e uma depressão profunda. 

No vídeo da audiência do processo criminal, em 4 de junho deste ano, o advogado Fábio Júnior Alves aparece sentado ao lado do padre, que permaneceu quieto o tempo todo. Alves, que sempre se referiu a Elissandro como suposta vítima, disparou: “disse o senhor em seu depoimento que preferiu ficar na igreja que era um lugar santo, mesmo sendo supostamente molestado. Aí, eu pergunto o seguinte. Esse medo… esse suposto medo que o senhor diz que tinha, que era aquela agonia. O senhor suportou ele [por] três anos? O senhor em momento nenhum não procurou as autoridades? Já que era um medo constante de três anos, de 2014 a 2017. Eu não entendi”, afirmou.

Elissandro respondeu: “aguentei isso por medo… por ameaças. Porque o seu cliente [Bartolomeu] me ameaçava com arma. Ele tinha arma [de fogo] na parte de cima do guarda-roupa da irmã e me ameaçava sutilmente, todos os dias. Então assim, doutor, essa… essa pergunta até me deixa extremamente… me sentindo um nada, sabe? Eu passei por isso porque eu era ameaçado de morte todos os dias. Todo dia eu tinha que fazer lá… eu era um escravo sexual e se eu saísse disso eu sabia que ia morrer.”

Sua defesa alega que, em razão da discriminação estrutural por sua condição de pobreza, ele não podia ter acesso a outra fonte de renda e tinha de se expor ao aceitar um trabalho em condições de vulnerabilidade, agravado pela imposição sexual. “A exposição da escravidão sexual imposta à Elissandro por si só é uma afronta à dignidade humana e deveria desencadear uma resposta enérgica e imediata por parte das instâncias judiciais”, destacam seus advogados. 

O histórico do padre Bartolomeu com abusos sexuais não é novo. O religioso é acusado de ter estuprado Wellington Carvalho Ribeiro de Jesus, hoje com 37 anos, mas que há duas décadas relata ter sido abusado pelo religioso na paróquia Nossa Senhora de Lourdes, no bairro da Pompeia, na Zona Oeste. 

De acordo com Wellington, na noite de Natal de 2004, Bartolomeu o molestou após a ceia. “Começou com ele [padre Bartolomeu] me dando duas latinhas de cerveja. Bebi e me senti mal. Acho que estava com alguma coisa dentro, senti tonturas e náuseas. Achei que era por causa da comida. Bartolomeu disse para eu descansar no quarto dele.” Na sequência, o religioso entrou no cômodo, trancou a porta e, nu, subiu em cima dele. “Tentei me afastar. Eu estava meio dopado e apaguei”, aponta a vítima, que sustenta ter sido estuprada depois. Ele tinha 17 anos na época.

Wellington denunciou Bartolomeu à Igreja em 2021. Ele disse à piauí que foi intimidado na sessão em que foi ouvido. “Fui maltratado pelo rapaz que estava escrevendo o depoimento [notário]. Não sei se queria mudar os fatos. Tentou me intimidar”, diz. No processo canônico de Wellington, que não está sob sigilo, é possível ver o depoimento de Bartolomeu negando as acusações. Essa denúncia não passou da chamada “investigação prévia” e, portanto, foi arquivada. 

Com as idas e vindas na justiça brasileira, restou à Elissandro apelar à justiça internacional. Seus advogados enviaram uma petição para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) em março deste ano. O documento narra a versão apresentada por Elissandro e o vaivém das decisões do judiciário brasileiro para fornecer o acesso ao processo canônico. O rapaz recebeu uma carta, no final do mês de junho, assinada pela secretária executiva da CIDH, a mexicana Tania Reneaum Panszi. Ela confirma que a denúncia de Elissandro contra o Estado Brasileiro foi recebida na Secretaria Executiva da entidade e que a petição se “encontra atualmente sob estudo, de acordo com as normas regulares vigentes”. Assim que a análise inicial ficar pronta, ele será informado se a Comissão irá se debruçar sobre o caso. Se ficar decidido que Elissandro tem direito a acessar o processo, a justiça brasileira precisa acatar a decisão. 

Elissandro pede não só direito a saber o que foi investigado dentro da Igreja Católica envolvendo o padre Bartolomeu, mas que seja instaurada uma Comissão da Verdade, com atuação independente, para acompanhar o desenrolar dos processos que investigam os abusos de menores e maiores de idade cometidos por religiosos no Brasil. Seria uma proposta similar para apurar as violações praticadas pelos militares durante a ditadura brasileira (1964-1985). 

“A igreja tem muito poder, né? É uma briga desigual. É uma coisa louca, porque a gente ganha. Aí, eles contratam os melhores advogados e então… Eles vão dar um jeitinho. Acredito que a igreja tinha que [me] apoiar… fazer o que o Papa [determinou em casos de abusos sexuais por padres, que é amparar a vítima e sua família], né?”, desabafou Elissandro, que já perdeu uma ação trabalhista na justiça movida contra a Igreja. Na decisão, a juíza não reconheceu o vínculo empregatício com a paróquia Monte Serrate e acrescentou que o ocorrido entre ele e Bartolomeu foi um relacionamento amoroso.

Procurados pela piauí, os advogados de Elissandro, Maristela Basso e Guilherme Dudus, responderam que não poderiam comentar os casos, seja na esfera criminal ou canônica, por estarem ambos em segredo de justiça. Sobre a ação na OEA, Dudus disse que a denúncia internacional “representa um marco inegável no fortalecimento do sistema americano de proteção aos vulneráveis” e que tem esperança que a entidade “não apenas reconheça a gravidade de sua situação, mas que atue de forma decisiva para promover uma justiça reparadora”. Elissandro pede uma indenização por parte de Bartolomeu e da Arquidiocese de São Paulo. 

O advogado Igor Sant’Anna Tamasauskas, do escritório Bottini e Tamasauskas Advogados, que defende a Diocese de São Paulo, não quis conceder entrevista à piauí. Por meio de sua secretária, informou que o contato deveria ser feito com a Arquidiocese de São Paulo. A cúpula da igreja paulista enviou uma nota à piauí alegando que “as ações referentes a esse assunto na justiça civil tramitam em segredo de justiça e, por isso, não podem ser comentadas”. 

Bartolomeu não atendeu às ligações da reportagem. Mas o seu advogado, Fábio Júnior Alves, conversou com a piauí por telefone. Ele disse que o padre não foi punido no processo administrativo aberto por ordem de dom Odilo Scherer e que, por causa da investigação, seu cliente pediu afastamento, mas que já poderia voltar às atividades como padre. Mas que por orientação da defesa ainda não retornou. 

Alves informou que a ação criminal ainda corre no Tribunal de Justiça de São Paulo e que falar neste momento poderia atrapalhar a linha de defesa. Mas adiantou. “Porém, nossa linha de defesa é a negativa de autoria. Não houve crime praticado [estupro] pelo pelo padre. O que está sendo dito pela vítima…a gente respeita o posicionamento da vítima, mas não existe crime praticado pelo meu constituinte [Bartolomeu].”

O advogado continuou. “Ele está tranquilo quanto à questão dele na Igreja Católica. Foi reconhecido que não houve nenhuma extrapolação, nenhum fato inidôneo por parte do padre.” Questionada pela piauí, a Arquidiocese não confirmou a extinção do processo como forma de manter o sigilo sobre qualquer informação referente a ação. Apenas informou que Bartolomeu “não exerce mais o ministério sacerdotal.” 

No dia 26 de setembro, a Arquidiocese de São Paulo divulgou nota por meio de sua assessoria de imprensa após publicação da reportagem pela piauí. A instituição diz que “determinou a abertura de uma criteriosa investigação, afastando-o, a título de
cautela, de seu ofício de pároco, como prevê o Direito Canônico”. O texto diz que Bartolomeu “foi julgado pelos graves delitos contra a castidade e o celibato e punido segundo as normas canônicas”, mas não explica qual foi a punição. Em seguida, afirma que o religioso “recebeu a dispensa do estado clerical, por um Rescrito Papal que o fez perder todos os direitos e deveres inerentes ao ministério sacerdotal”. A nota também diz que Padre José Rodolpho Perazzolo nunca deixou a defesa da mencionada ação judicial, mesmo substabelecendo o caso a um escritório de advocacia. Por fim, a Arquidiocese reitera que o Cardeal Odilo Pedro Scherer “não mediu esforços para a proteção dos menores contra todo tipo de abuso e violência. Além das Diretrizes para a Proteção de Menores e dos Adultos Vulneráveis, a Arquidiocese também conta com a Comissão Arquidiocesana de Tutela contra Abusos Sexuais a Menores e Adultos Vulneráveis, que tem a missão de receber as denúncias de eventuais abusos e de as encaminhar à autoridade eclesiástica para os devidos encaminhamentos, conforme a legislação canônica vigente.”

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