Para se contrapor a Ciro Gomes, que ameaça concorrer ao governo de São Paulo, Paulo Maluf admitiu ontem transferir seu título de eleitor para Fortaleza. “Os paulistas querem dar o troco em Ciro, e eu sou um baita troco, porque já venho superfaturado”, disse Maluf. Entre os seus planos de governo, estão a construção de uma ponte entre o Jardim Europa e a Praia do Futuro, “para facilitar o meu vai-e-vem”; a extensão da rodovia dos Imigrantes até a cidade do Crato, “uma obra de grande impacto social, pois dará ao cratense a possibilidade de passar o fim de semana no Guarujá”; a construção em Juazeiro de uma estátua de sua mãe, dona Maria Maluf, ao lado da de Padre Cícero, “ela era uma santa”; o revestimento das avenidas beira mar com pisos laminados Eucatex, “são elegantes e fáceis de limpar”; e a concessão de uma nova rota aérea entre os aeroportos de Fortaleza e das ilhas Jérsei, “um lugar que parece ser muito bonito e que eu sempre quis conhecer”. Maluf anunciou também que, se vencer nas urnas, declarará que todo e qualquer cômodo no qual ele estiver deverá ser considerado paraíso fiscal. “É uma idéia revolucionária”, disse. “O governador de vocês será uma espécie de Bahamas ambulante e milhares de empresas abrirão sucursais na sala de jantar de quem me convidar para um franguinho à cabidela.” Maluf acredita que nada como um Bandeirante para governar um estado Nordestino: “Se os eleitores me elegerem, anexarei os estados em volta, possivelmente até o Maranhão”, declarou, mostrando um mapa em que Rio Grande do Norte, Piauí e Maranhão fazem parte de uma unidade geográfica chamada Província do Grão-Ceará e J&rsei Inc.

Maluf não quis responder às perguntas do repórter do the maranhão Herald, no que fez muito bem. Como se sabe, o the maranhão Herald é um jornal a soldo da família Sarney.

O i-piauí Herald apoia a candidatura de Maluf. Ao contrário do que vem sendo dito, não existe qualquer conexão entre este apoio e a nossa nova sucursal nas ilhas Jérsei.