18out2011 | 13h05 | Brasil

Pressionado, Cabo Anselmo confessa que já ouviu Jorge Vercillo

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SAO PAULO – Entrevistado no programa Roda Viva, Cabo Anselmo revelou que sua atuação como agente duplo não se restringia à política. "Sempre fui mais Marlene do que Emilinha, mas não hesitei em entrar para o fã clube da Emilinha para repassar informações a Marlene sobre os próximos sucessos da rival. Na década de 60, torcia para o Flamengo. Mas me infiltrei na Torcida Jovem do Botafogo para minar o ímpeto dos alvinegros e evitar um massacre de Didi, Garrincha e cia. E, claro, gostava dos Rolling Stones, mas aquilo me assustou, e passei a só ouvir Beatles na convicção de que isso poria panos frios na histeria coletiva".

Pressionado para revelar não só nomes de agentes da repressão militar, como também a idade de Susana Vieira e o paradeiro de Carmen San Diego, a princípio Anselmo negou-se a falar, mas acabou cedendo diante da pressão exercida pelo entrevistador, que o cravou com um olhar penetrante impregnado de violência contida: "Pare! Pare! Sim, ouvi o CD inteiro do Jorge Vercillo no carro quando vinha para cá", confessou o cabo. Fez uma pausa, se recompôs e completou. "Está satisfeito agora?"

Anselmo disse ainda que tem muito a contribuir para a Comissão da Verdade. "Abro tudo que sei desde que o Ministério dos Esportes aceite trabalhar com minha ONG Boca de Siri".