Michel Temer acusa TSE de usar Ficha Limpa para intimidar Maluf
PASÁRGADA – "De repente do riso fez-se o pranto/ Silencioso e branco como a bruma/ E das bocas unidas fez-se a espuma/ E das mãos espalmadas fez-se o espanto", declamou Michel Temer, em protesto contra as ações intimidatórias da Polícia Federal contra o senador Lobão Filho. Trajado como um bardo, o vice-presidente convocou uma coletiva de imprensa para denunciar, em forma de versos viscerais, as perturbações que a PF vem causando na base aliada.
Dedilhando um alaúde, Temer fechou o semblante e empostou a voz: "Primeiro, vocês me azucrinam na Petrobras/ Me entortam a cabeça com esse Alberto Youssef/ E agora me põem na nuca o bafo amargo da lei". Ao fundo, de backing vocal, Renan Calheiros e José Sarney subiram meio tom: "Depois vêm chorando desculpas/ Assim meio pedindo/ Querendo empregar/ Um cunhado na Abin".
Em seguida, Temer distribuiu pergaminhos que exaltavam a voz daqueles que foram intimidados recentemente. "TSE intimida o Ficha Limpa que intimida Paulo Maluf, que não intimida ninguém", escreveu com o sangue de um servidor público. "E agora, Joseph Blatter? / A Copa acabou/ A casa caiu/ Havelange sumiu/ O Catar vazou/ E agora, Joseph?", completou.
Em sua coluna, Merval Pereira denunciou Temer: "O poeta não está à altura da Academia Brasileira de Letras. Suas pretensões líricas afetam a credibilidade da candidatura governista à Presidência".
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