Abandonada, meta fiscal é encontrada na Cracolândia
CENTRÃO DE BRASÍLIA – Os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira, passaram várias horas da manhã de terça-feira no gabinete do presidente tentando encontrar a meta fiscal. Temer confirmou a seus assessores que dissera “tem que manter isso aí” em referência ao documento, que propunha um limite de R$ 139 bilhões para o déficit do ano fiscal de 2017. Apesar da memória do presidente, sua equipe não logrou êxito em localizar a meta. O ministro Moreira Franco, há algumas horas, mudou a estratégia do Planalto e passou a culpar o copeiro: “Não se pode jamais confiar no mordomo num país como o Brasil.”
Por volta das 16 horas o deputado Wladimir Costa subiu ao púlpito da Câmara para fazer um anúncio. Sob vaias da deputada Maria do Rosário, o paraense tirou o paletó e a camisa para exibir sua nova tatuagem. No ombro direito, onde antes exibia uma bandeira do Brasil e o nome ‘Temer’, agora se encontram um pergaminho contábil e a palavra ‘meta’. O deputado afirmou que “a meta está satisfeita, sendo muito bem cuidada pelo centrão.”
Diante de boatos surgidos em redes sociais de que a meta fiscal estaria sendo dopada por deputados na Cracolândia, professores de economia do Insper ofereceram-lhe asilo político. “Olha, basta estabelecer todos os parâmetros, que o país se ajeita. Assim que acharmos a meta, o Brasil rumará novamente para o futuro”, afirmou Marcos Lisboa, presidente da instituição.
Após a disparada do risco Brasil, o presidente Michel Temer se manifestou, afirmando “não vamos colocar meta para encontrarmos a meta. Vamos deixar a meta, mas, quando encontrarmos a meta, vamos dobrar a meta fiscal”.
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