Lula não hesitou em olhar no olho do Papa: “Vamos parar com essa história de olhar no olho dos coroinhas!”

WASHINGTON – Numa surpreendente reviravolta, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, admitiu que as relações entre o seu país e o Irã se deterioraram substancialmente nos últimos meses “porque eu não olhei no olho de Ahmadinejad, e nem ele olhou no meu”. Obama confessou haver se dado conta do fato ao ouvir as ponderações do presidente Lula, que num breve encontro durante a cúpula do desarmamento lhe perguntou há quanto tempo os dois líderes não se olhavam no olho. “Foi uma pergunta dura – Lula me olhou bem no fundo do olho – e eu me senti envergonhado porque ele está coberto de razão”. Obama descartou a hipótese de que o programa nuclear iraniano tenha tido qualquer influência no agravamento da crise. “O fato de não sabermos se eles estão desenvolvendo uma bomba atômica é um troço meio chato, mas é claro que o problema maior não é esse. Se vocês me perguntarem qual a cor dos olhos de Ahmadinejad, a verdade é que não sei, e isso inviabiliza qualquer relação bilateral.” Num movimento que já está sendo chamado de diplomacia oftalmológica, Obama determinou que o Departamento de Estado americano substitua todos os seus embaixadores por oftalmologistas. O presidente americano também ordenou que o Salão Oval seja imediatamente convertido numa ótica, onde líderes mundiais discutirão questões de interesse mútuo enquanto experimentam óculos. “É um modo gentil de olhar no olho do outro sem causar constrangimento. Enquanto elogio o novo Ray-Ban de Angela Merkel, dou um Raio-X dos olhos dela”, explicou o presidente.

A agência de notícias Reuters anunciou que, desde ontem, o Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, está olhando nos olhos do líder do Hamas, Khaled Meshaal. Um porta-voz do governo israelense disse que “os dois estão se olhando há pelo menos 17 horas, e não pretendem parar até que a paz se instale na região”. Já há notícias de que israelenses e palestinos, de olhos postos uns nos outros, começam a derrubar segmentos do muro que separa Israel da Cisjordânia.

No Afeganistão, há rumores de que um pelotão de soldados americanos largou as armas e saiu em direção a  um grupo de Talibãs cantando "Olhos nos olhos", de Chico Buarque. Pelo menos cinco insurgentes teriam chorado nos versos "Quantos homens me amaram bem mais e melhor que você". Nenhum tiro foi disparado.