INSTITUTO PHILIPPE PINEL DE INFORMÁTICA – Uma enorme fila invisível se formou na frente de agências da Caixa Econômica Federal após as ações da Polícia Federal em casas e escritórios de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Eram milhões de bots, que viram seu sustento evaporar de uma hora para outra, gerando um tsunami de lágrimas virtuais. Mas um destemido vereador ouviu a voz imaginária desses brasileirinhos aguerridos dentro de sua cabeça, e resolveu atuar: Carlos Bolsonaro.

O filho zero dois do presidente protocolou hoje um pedido de inclusão das categorias de “bots, robôs, softwares e ferramentas semelhantes de disparo em massa” na lista de profissionais aptos a receber o auxílio emergencial do governo. A medida tem potencial de atingir 5,8 milhões de perfis do Twitter que compartilharam a hashtag #JuntosComBolsolnaro (com um L a mais) ou o post a respeito do “primo do porteiro aqui do prédio (que) morreu pq foi trocar o pneu do caminhão e o pneu estourou no rosto dele, (gerando assim) o atestado de óbito como se fosse o covid 19”, deixando a família do primo do porteiro aqui do prédio “muito indignada”.

Questionado a respeito da materialidade dos robôs desnutridos – os bots frias -, Carlos respondeu via redes sociais: “O que são os humanos que não máquinas cujos ventrículos esquerdos e direitos servem como zeros e uns nesse fluxo contínuo de dados que é viver? Não houve o pai dos pobres? Agora é pai dos bots! #SomosTodosBotsOnaros”.