CRÉDITO: VITO QUINTANS_2023
Brasil pode ser o segundo do mundo em burnout
As estatísticas são falhas, mas há indicadores de que a doença do trabalho só é maior no Japão
Em 2019, o desenvolvedor de software Arthur Andrade, hoje com 29 anos, sentou diante de sua psicóloga e, pela primeira vez, fez um desabafo, contando o que vivia em seu emprego: excesso de horas trabalhadas, múltiplas funções, salário arrochado, humilhações, boicote escancarado do chefe. Devido a tudo isso, ele teve gastrite nervosa, transtornos alimentares, desregulação intestinal, ansiedade e crises de pânico.
A psicóloga imediatamente lhe deu um laudo de afastamento do trabalho por quinze dias e fez o diagnóstico: um caso avançado de burnout – que não é propriamente uma doença, mas uma síndrome, um conjunto difuso de sintomas emocionais, psíquicos e comportamentais causados pelo excesso de trabalho. “O burnout é muito traiçoeiro porque você não percebe quando ele está começando. Quando vê, já está no limite”, diz Andrade à jornalista Camille Lichotti, na piauí de março.
As estatísticas sobre a síndrome de burnout são bastante falhas no Brasil, mas as pesquisas indicam que até 32% da população economicamente ativa no país sofre das complicações patológicas decorrentes do trabalho. Por esses números, o Brasil é o segundo país com mais casos, ficando atrás apenas do Japão, onde a questão é particularmente sensível.
Os assinantes da revista podem ler a íntegra da reportagem neste link.
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