Bernardo Esteves
(siga @besteves no Twitter)
Repórter da piauí, é apresentador do podcast A Terra é Redonda (Mesmo) e autor dos livros Admirável novo mundo: uma história da ocupação humana nas Américas (Companhia das Letras) e Domingo É Dia de Ciência (Azougue Editorial)
histórias publicadas
Mangas arregaçadas
Os cientistas têm uma relação ambígua com a Wikipédia, a enciclopédia on-line que pode ser editada por qualquer usuário. Embora se trate de uma fonte de informação amplamente consultada – inclusive no meio científico –, ela é vista com reticência na academia. Uma saída para esse impasse talvez esteja num maior envolvimento dos pesquisadores com essa iniciativa. É o que está fazendo uma professora de história da UniRio que criou uma disciplina na qual seus alunos criam e atualizam verbetes sobre o Império Romano.
Silêncio rompido
A bióloga americana Felisa Wolfe-Simon, autora do famigerado estudo que alegou ter descoberto bactérias capazes de incorporar arsênio ao seu DNA, voltou a falar com a imprensa. No fim de setembro, a revista Popular Science publicou um longo perfil da cientista que reconstitui em minúcias a polêmica gerada pelo trabalho. A leitura do perfil e da sua repercussão na blogosfera dá uma boa medida de para onde vai a publicação científica e a revisão por pares.
Irmãos Corsos no Fundão
Luiz Davidovich descobriu como fazer ciência de ponta com baixo custo
Irmão mais novo
O questões da ciência acaba de ganhar um irmão. O blog adere a uma das redes sociais que mais está crescendo no momento e passa a ter a companhia de um tumblr homônimo. O novo espaço será usado para a divulgação de fotos, vídeos e notícias de ciência e para a conexão com blogueiros interessados pelo tema.
Homenagem de mau gosto
Cientistas brasileiros forma vítimas de mais um caso de plágio divulgado recentemente. Um estudo publicado em 2006 por pesquisadores das universidades federais de São Paulo (Unifesp) e do Rio de Janeiro (UFRJ) foi retomado quatro anos depois praticamente na íntegra por cientistas espanhóis. Identificado pelo grupo brasileiro, o artigo foi invalidado pelo grupo responsável pelo plágio.
Fantasma arrependido
Um espectro assombra a literatura médica. Continuam vindo à tona episódios em que a indústria farmacêutica patrocina artigos que promovem seus produtos, assinados por pesquisadores aparentemente independentes. Para discutir a questão, a revista PLoS Medicine publicou em agosto uma série de artigos sobre o tema, incluindo um relato em primeira pessoa de uma ghostwriter arrependida que por 11 anos trabalhou para a indústria farmacêutica.
Editoras na berlinda
As editoras de revistas científicas foram objeto de uma polêmica inflamada na internet durante a semana que passou. A discussão foi desencadeada por uma coluna do ambientalista George Monbiot no jornal The Guardian, que as definiu como “os capitalistas mais impiedosos do mundo ocidental” e as acusou de violar o direito humano de acesso ao conhecimento. A mais ácida das reações despertadas pelo artigo veio de um editor do grupo Nature, para quem Monbiot usou argumentos simplistas e ignorou mudanças recentes do mercado editorial.
Os alquimistas
Químicos acusados de forjar resultados de onze estudos colocam o Brasil no mapa da fraude científica mundial
Química não vende livro
No ano passado, uma jornalista americana teve o subtítulo do livro que lançaria mudado pela editora, porque a palavra ‘química’ na capa comprometeria as vendas. Esse episódio é sintomático de um fenômeno que já foi chamado de quimiofobia – a tendência da população de associar essa disciplina a venenos, feitiços e cientistas loucos e mal intencionados. Mudar a imagem pública dessa ciência é um dos maiores desafios para químicos e divulgadores de ciência.
Cientistas em rede
Em tempos de web 2.0, os pesquisadores interessados em interagir com colegas de todo o mundo com quem dividem os mesmos interesses acadêmicos têm à sua disposição uma série de plataformas para trocar informações sobre novos estudos e congressos. O ecossistema das redes sociais para cientistas está cada vez mais diverso. Entre serviços parecidos com o Facebook e portais para o compartilhamento de arquivos, tem opções para todos os gostos – inclusive para quem busca uma alma gêmea num laboratório.