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Em busca da consistência perfeita 

Pão de Mel da Cristiana Rosa

A receita de hoje deu o maior bailão na Cozinha Transcendental: ganhamos um pedaço de um bolo maravilhoso, um pão de mel levíssimo, delicioso e perfumado. Fomos correndo repetir e o nosso ficou um tijolão deprimente. O gosto até que não saiu dos piores, mas a consistência era uma tragédia esponjosa. Sabemos que desastres fazem parte e que vez em quando acontecem nas melhores cozinhas e não desistimos.

| 08 nov 2011_16h09
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A receita de hoje deu o maior bailão na Cozinha Transcendental: ganhamos um pedaço de um bolo maravilhoso, um pão de mel levíssimo, delicioso e perfumado. Fomos correndo repetir e o nosso ficou um tijolão deprimente. O gosto até que não saiu dos piores, mas a consistência era uma tragédia esponjosa. Sabemos que desastres fazem parte e que vez em quando acontecem nas melhores cozinhas e não desistimos. Despachamos um emissário para conversar com a autora da receita e observar in loco a feitura do doce. Valeu o esforço porque finalmente conseguimos identificar e corrigir os nossos erros (*) e tivemos a satisfação de reproduzir a maravilha. Não ficou tão espetacular quanto o pão de mel original da Cris – o que é normal e esperado, nunca fica igual –, mas a nossa versão ficou muito boa e recomendamos a todos:

Pão de Mel da Cristiana Rosa

01 xícara de açúcar
01 xícara de água
02 xícaras de farinha de trigo com fermento
01 colher de chá de fermento químico
01 xícara de mel
02 ovos
03 cravos da índia
01 colher de chá de canela em pó

Modo de fazer
Ligue o forno e unte e enfarinhe uma de forma com buraco central

Dissolva completamente o açúcar na água, acrescente o cravo e leve ao fogo baixo até conseguir o ponto de fio. O processo não é dos mais rápidos, o que neste caso é bom porque você vai bater a massa enquanto a calda atinge o ponto ideal, e essa massa deve ser bem batida. Para saber se a calda está no ponto de fio, pegue um pouco da ponta da colher de pau (espere esfriar antes um pouquinho de fazer o teste), e aperte entre o indicador e o polegar. Se ao afastar os dedos se formar um fio entre eles, a calda está no ponto. Reserve a calda até esfriar e ficar na temperatura ambiente antes de acrescentar à massa.

Enquanto a calda apura, coloque no copo do liquidificador(**) os ovos, o mel, a canela e a farinha de trigo. Depois que a mistura estiver bem batida, acrescente a calda em ponto de fio, que a esta altura já apurou, e misture. Em seguida, coloque o fermento, misture com a colher de pau e derrame a massa (ela fica consistente) na forma untada. Leve ao forno (170 graus) por 55 minutos, isto é, depende do forno. Se o seu forno é muito quente, comece a ficar de olho a partir dos 30 minutos e –
atenção! – não abra a porta do forno antes disso, ou o bolo afunda. Quando o bolo estiver coradinho está no ponto de tirar, sem ficar ressecado. A textura do pão de mel depois de assado deve ficar bem macia, como um bolo fofinho.

Dica de um entusiasta do pão de mel que testemunhou a feitura da receita: o segredo da massa ficar no ponto é batê-la MUITO no liquidificador, até que a massa se levante, formando uma espécie de “bico” bem no centro. Não se assuste, a massa crua é densa e dá a impressão de que vai quebrar o seu liquidificador de tanto esforço. Garantimos que vale a pena. A redação experimentou e aprovou.

(*) Nossos erros: Usamos farinha normal em vez de farinha com fermento e acrescentamos a calda ainda muito quente à massa, comprometendo a ação do fermento. Resultado: nosso bolo ficou solado e pesado.

(**) Se o motor do seu liquidificador não é dos mais fortes, é possível bater a massa na batedeira.

Fundo musical recomendado para comer pão de mel:

 

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