13jun2011 | 17h16 | Brasil

Luiz Sérgio se espanta ao ver uma tainha

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LAGO PARANOÁ – No seu primeiro dia à frente da Secretaria Especial da Pesca, o deputado Luis Sérgio pediu para ser levado até um peixe: “Sou um gestor moderno”, explicou. Calçando galochas e de puçá na mão, o novo ministro foi levado ao lago Paranoá, onde pode observar, de perto, o comportamento de um pequeno cardume de lambaris. “Todos nadam na mesma direção, é muito interessante”, constatou o ministro, tomando notas.

Luis Sérgio, cuja experiência em assuntos ligados à pasta inclui um almoço no restaurante Antiquarius, em 2008, e a descoberta, no ano seguinte, do coquetel de camarão com molho rosê, mostrou-se surpreso ao constatar que os peixes não tomam ar de quando em quando. “Pelo menos eu não vi”, disse, algo intrigado, “quem sabe esperam até a noite, quando é mais fresquinho”.

A caminho do carro, o ministro soltou uma farpa contra a sua antecessora. “Duvido que a Ideli tenha vindo aqui para ver, in loco, como esses animais são bons de pulmão.” Na seqüência de sua jornada exploratória, Luis Sergio pediu ao Secretário-Executivo do Ministério que o levasse até um bacalhau, “daqueles desfiados, como o que comi no Antiquarius”. Ao ouvir que este não é o estado natural do peixe, Luis Sergio mostrou-se decepcionado.

Animou-se, porém, logo a seguir, quando o levaram para visitar um criatório de tainhas. Colando o nariz no espelho d’água, começou a chamar pelos bichanos. Como não respondessem, espantou-se: “Não ouvem?” Nova decepção, logo mitigada pela constatação de que, ao menos a seu julgamento, a tainha é um peixe de perfil nobre e porte aristocrático. “Na época do acasalamento, deve ter um canto muito bonito”, concluiu.