Lula também nomeou o ruralista Carlos Fávaro para a Agricultura, de forma a manter a militância inflamada

03jan2023 | 16h18 | Brasil

Com ministério do Turismo para Daniela do Waguinho, esquerda pode continuar xingando governo de miliciano

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Seção de humor da piauí

BELFORD VERMELHO – “Essa era uma preocupação muito grande que a gente tinha, de não desmobilizar a militância”, explicou o presidente Luís Inácio Lula da Silva, ao justificar a indicação de Daniela do Waguinho (União Brasil), esposa de Waguinho, prefeito de Belford Roxo, para o Ministério do Turismo. “Então a gente nomeou uma pessoa que parece ter uma ligação histórica com as milícias da Baixada Fluminense, para que a base aliada continue xingando o governo federal de miliciano.”

A nomeação foi muito bem recebida pela militância progressista, que temia perder o tônus das cordas vocais ao lidar com um novo governo que não tem planos de exterminar o MEC, o SUS, o Minc, os povos indígenas, os quilombolas, a petralhada do Acre, a imprensa, o ativismo, as religiões de matriz africana, o horário de verão e, claro, a Amazônia. “Foram anos chamando o governo federal de genocida e assassino. Pelo menos ainda dá pra chamar de miliciano”, comemorou, aliviado, um futuro presidente da Embratur que preferiu não ser identificado.

Já Daniela do Waguinho disse estar ciente da responsabilidade que enfrenta. Após ser eleita em 2018 pelo PSL e passar os quatro últimos anos apoiando Bolsonaro e criticando o fantasma da “ideologia de gênero”, ela já definiu a primeira prioridade como ministra. “Depois das falas do ministro Paulo Guedes de que não era mais para empregada doméstica ir pra Disney, muita gente passou a ir para Cachoeiro do Itapemirim, para ver onde o Roberto Carlos nasceu. Tava uma festa danada. Agora é diferente! O brasileiro vai passar a ir pra Baixada Fluminense ver onde o gatonet nasceu!”.