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    CRÉDITO: ANGELI_2004

questões de saúde

O alvo é você

Como alguns planos de saúde maltratam a clientela, assediam o poder – e sabotam o SUS

Breno Pires | Edição 223, Abril 2025

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Rita Ephrem levou um susto no dia 30 de abril do ano passado. Internada na UTI em um hospital de São Paulo, ela recebeu um e-mail. “Olá, Rita”, começava. De início, o texto reconhecia que seu plano de saúde vinha sofrendo “altos índices de reajustes” e admitia que, mesmo assim, a Amil, operadora do seu plano, não estava conseguindo “reverter a situação do contrato”. Em outras palavras, Rita Ephrem, apesar dos sucessivos aumentos, continuava sendo um prejuízo para a operadora. Então, vinha a notícia: “Diante disso, a Amil, exercendo as regras contratuais aplicáveis, decidiu pela rescisão unilateral do contrato ao qual você está vinculada.”

Ephrem ficou apavorada. O e-mail informava que o cancelamento passaria a vigorar no dia 1º de junho, dali a um mês. “Para mim, aquele e-mail foi uma sentença de morte”, disse ela. “Pode parecer que estou exagerando, mas é sério. Cortar meu plano de saúde, cortar meu tratamento, é como me matar, é um assassinato. É tirar meu oxigênio, tirar os remédios que me mantêm viva.”

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