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    Para Luttwak, eficiência de mercado deve ser praticada com moderação: o que deve ser valorizado está no reino da ineficiência – amor, família, vínculos, comunidade, cultura, velhos hábitos FOTO: THOMAS MEANEY

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O Maquiavel de Maryland

Estrategista militar e conselheiro de presidentes, Edward Luttwak se divide entre o estudo dos clássicos e a criação de gado

Thomas Meaney | Edição 115, Abril 2016

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As pessoas procuram Edward Luttwak para lhe pedir coisas incomuns. O primeiro-ministro do Cazaquistão quer encontrar um jeito de remover os russos de uma cidade fronteiriça do norte do país; um importante governo asiático quer um plano de treinamento para seu novo serviço de inteligência; uma indústria química italiana quer ajuda para resolver uma ação que uma comunidade lhe moveu devido aos efeitos do amianto; um grupo de cidadãos em Tonga quer afastar de suas águas caçadores japoneses de golfinhos; a London Review of Books quer uma matéria sobre o genocídio na Armênia; uma mulher em Washington briga na Justiça pela guarda dos filhos – será que Luttwak poderia “persuadir” o marido dela? E tudo isso apenas nos últimos doze meses.

Luttwak, que se autoproclama um “grande estrategista”, acredita ganhar a vida corretamente, semeando suas ideias ao redor do mundo. Para ele, os princípios balizadores do mercado são contrários àquilo que chama “a lógica da estratégia”, que em geral implica tomar a atitude menos eficaz possível, a fim de confundir o inimigo e, assim, obter vantagem sobre ele. Se seus tanques têm a escolha de avançar por uma boa autoestrada ou por um atalho ruim, vá pelo atalho, diz Luttwak. Se puder dividir seus esquadrões de caças em dois porta-aviões, em vez de reuni-los num só, desperdice combustível e embarque-os separadamente. E se dois de seus inimigos estão se digladiando na Síria, sente-se e faça um brinde à boa sorte.

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