É uma revista de literatura, cultura e política, publicada em versão impressa três vezes por ano, cada uma com cerca de 200 páginas. A revista foi lançada em 2004, quando pequenos jornais em papel estavam fechando e se discutia o fim da mídia impressa. A n+1 vende livros, organiza eventos, recebe doações, mas a maior parte da receita vem dos 5 500 assinantes (se considerada a venda em eventos e livrarias, a circulação total chega perto de 10 mil pessoas).

Os colaboradores da são na maioria estudantes da graduação ou acadêmicos, além de alguns escritores profissionais, e os editores confessam que gostariam de remunerá-los melhor. Segundo os editores, a revista vende anúncios, mercadorias – esgotaram-se, por exemplo, as sacolas ecológicas que estampavam a frase “Eu fiz um aborto” – e livros mais por diversão do que por lucro. Eles também promovem eventos e alugam o escritório da revista para festas, visando aumentar o número de assinantes e popularizar a publicação.

Há pouco tempo a revista tomou a decisão de liberar no site parte do conteúdo impresso – anteriormente, o site era atualizado com matérias escritas somente para a versão digital, sem os textos da revista impressa. Quando um post consegue alcançar mais leitores do que o esperado, os editores acrescentam uma nota dando boas-vindas e encorajando os internautas a assinar a revista.

O nome surgiu de um bate-papo entre dois dos futuros fundadores da revista ao explicar ao outro que, apesar de haver diversas publicações, “sempre há algo vital que tem que ser acrescentado ou a gente não sentiria falta de qualquer coisa nesse mundo”, justificando, assim, a criação da n+1.

Nikil Saval é editor e membro da mesa diretora da revista literária n+1. Ele também escreve para a revista sobre assuntos diversos, principalmente política e internacional.  Entre os temas tratados por Saval na n+1 estão: o movimento Occupy Wall Street, a obra do historiador Tony Judt, e a nostalgia dos anos 80 na China.

Formado em 2004 pela Universidade Columbia, Saval trabalhou anteriormente em duas editoras como assistente editorial. Escreveu Cubed: A Secret History of the Workplace, sobre as baias de escritórios em que a maior parte do mundo trabalha. Saval colabora para o New York Times, London Review of Books, Oxford American, Los Angeles Times, Huffington Post e New Statesman. Mora atualmente na Filadélfia, distante da sede dan+1 em Nova York.

n+1

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Destaques da n+1:

Aproveitando o aniversário de dez anos da n+1, o Nieman Lab (Harvard) publicou em setembro uma matéria sobre como a revista tem-se adaptado ao meio digital. O texto fala sobre o modelo de negócios (apenas dois funcionários integrais, uso de eventos para arrecadar dinheiro e novos assinantes, colaboradores recém-formados, anúncios usados “algumas vezes muito mais por diversão do que por lucro” etc.) e sobre a decisão de disponibilizar parte do conteúdo na web.

Até recentemente, a n+1 não trabalhava com conteúdo online. Foi só há pouco tempo que a revista criou a seção Online Only, para publicar textos dos colaboradores da revista. São alguns posts por semana que já aumentaram a visualização do site para 180 mil visitas por mês.

Os colaboradores da n+1 são em sua maioria jornalistas recém-formados e estagiários voluntários. Um exemplo da seção Online Only é assinado por Moira Weigel, americana, formada na Universidade Harvard e mestra em literatura moderna e medieval pela Universidade de Cambridge. Ela escreve sobre a China e a experiência dela na tevê chinesa.

O jornal israelense Haaretz conta a história da n+ 1 e conversa com os fundadores, três deles judeus, sobre a relação da revista com Israel, o futuro do jornalismo, a dispersão dos editores para fora de Nova York e mais.

A revista Pacific Standard publicou em abril deste ano um post adaptado do livro de Nikil Saval Cubed: A Secret History of the Workplace, sobre as baias de escritório em que a maior parte do mundo trabalha e seu passado, presente e futuro.