O assassinato de Marielle e a metástase anunciada
Em acordo de delação premiada, ex-PM Élcio de Queiroz diz que acusado Ronnie Lessa atirou na vereadora; mais um suspeito foi preso hoje
O ministro da Justiça, Flávio Dino, disse nesta segunda-feira (24/7) que o ex-PM Élcio de Queiroz firmou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal e contou como foi o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), em março de 2018. Segundo a delação, o também ex-PM Ronnie Lessa atirou em Marielle e no motorista dela, Anderson Gomes. E ele, Queiroz, dirigiu o carro usado no crime.
Queiroz revelou ainda o nome de um terceiro participante, o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, preso nesta segunda-feira no Rio de Janeiro, em operação da Polícia Federal e do Ministério Público. Segundo o ministro Flávio Dino, a delação de Queiroz encerra a investigação sobre os autores do crime, mas falta saber quem foram os mandantes. Queiroz e Lessa estão presos.
Na piauí de março de 2019, a reportagem A metástase, de Allan de Abreu, contou como a milícia espalhou seus tentáculos no Rio de Janeiro – e qual a conexão da milícia com a morte de Marielle Franco.
Antes de serem presos no Rio, em março de 2019, Lessa e Queiroz disseram à polícia não lembrar onde estavam na noite do crime e negaram que estivessem juntos. Este texto, publicado em novembro de 2019, reconstituiu a audiência dos dois na Justiça.
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