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Pato, o diferente

Ao chamar Alexandre Pato, na mais recente convocação para a seleção brasileira, Felipão justificou a escolha afirmando ser ele “o único atacante diferente que nós temos”. Felipão se equivocou.

Walter, do Goiás, é diferente. Não há outro atacante tão gordo – nem aqui, nem em nenhum lugar do mundo – comendo a bola do jeito que ele vem fazendo.

| 24 out 2013_12h53
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Ao chamar Alexandre Pato, na mais recente convocação para a seleção brasileira, Felipão justificou a escolha afirmando ser ele “o único atacante diferente que nós temos”. Felipão se equivocou.

Walter, do Goiás, é diferente. Não há outro atacante tão gordo – nem aqui, nem em nenhum lugar do mundo – comendo a bola do jeito que ele vem fazendo.

Hernane, do Flamengo, é diferente. Não há outro atacante tão atrapalhado, que brigue tanto com a bola, fazendo tantos gols.

Neto Berola, do Atlético Mineiro, é diferente. Não há outro atacante tão dissumulado a ponto de virar motivo de chacota pelas toscas tentativas de cavar faltas e pênaltis.

Aloísio, do São Paulo, é diferente. Não há outro atacante que comemore os gols do seu time distribuindo voadoras entre os companheiros e chacoalhando o treinador pelo colarinho.

Deivid, do Coritiba, é diferente. O único atacante que, jogando pelo Flamengo, teve seu nome gritado em coro pela torcida do Vasco.

Diferentes temos aos montes.

A diferença de Alexandre Pato é que ninguém jamais viu um atacante, na condição de último cobrador de uma disputa de pênaltis, bater como se bebericasse champanhe numa desanimada festinha domilanês.

Fora isso, Pato não tem nada de diferente. É apenas uma fraude.

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