Tempo de vagabundagem
George Best nasceu em Belfast, o que, além de ser uma pista para os excessos em relação à bebida, o impediu de brilhar em competições entre seleções. E como o futebol de clubes estava longe de proporcionar o prestígio internacional de que hoje desfrutam Messi, Cristiano Ronaldo, Ibrahimovic e muitos mais, Best nunca foi tão conhecido entre os brasileiros. Mas era o diabo dentro de campo, tanto quanto fora dele. Virou nome de aeroporto em sua cidade natal, deu origem à frase “Maradona good. Pelé better. George Best." e morreu aos 59 anos, em Londres.
Embora descrente, o blogueiro também é filho de Deus. E se até o Valdívia tem direito a trinta dias de férias, nada mais justo que eu tire a metade disso.
Mas vamos lá. Enquanto não pinta o apito final de 2014, vamos ao último post da temporada, em que recorro à ironia e ao talento do maior – e provavelmente o único – craque irlandês de toda a história do futebol.
Lembrei de George Best há dois ou três anos, quando circulou o boato de que o ex-jogador Muller passava por dificuldades financeiras e vinha morando de favor na casa de Pavão, um antigo companheiro dos tempos de São Paulo. O miserê de Muller não foi confirmado, ele mesmo negou, Pavão não disse nem que sim nem que não, mas é fato que Muller gastou bem mais do que devia em seu período pré-evangélico, levando uma vida luxuosa e, digamos, pouco sustentável.
O mesmo fizera, cerca de vinte anos antes e a nove mil quilômetros de distância, George Best – boêmio, bon vivant, mulherengo, perdulário e o melhor de todos os atacantes que passaram pelo Manchester United nas décadas de sessenta e setenta.
Há pelo menos duas frases de Best que, muito mais que um post, dariam um livro:
“Em 1969, abandonei as mulheres e o álcool. Foram os vinte piores minutos da minha vida."
"Gastei muito dinheiro com bebidas, carros e mulheres. O resto eu desperdicei."
George Best nasceu em Belfast, o que, além de ser uma pista para os excessos em relação à bebida, o impediu de brilhar em competições entre seleções. E como o futebol de clubes estava longe de proporcionar o prestígio internacional de que hoje desfrutam Messi, Cristiano Ronaldo, Ibrahimovic e muitos mais, Best nunca foi tão conhecido entre os brasileiros. Mas era o diabo dentro de campo, tanto quanto fora dele. Virou nome de aeroporto em sua cidade natal, deu origem à frase “Maradona good. Pelé better. George Best." e morreu aos 59 anos, em Londres. No criado mudo ao lado da cama hospitalar, repousava uma carta assinada da seguinte maneira: “Do segundo melhor jogador de todos os tempos, Pelé".
Vale a pena passar alguns minutos na agradável companhia de George Best, enquanto saio para quinze dias de bem-bom. Feliz Natal. Feliz Ano Novo. Questões do Futebol volta na primeira semana de 2015.
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