FHC participou da campanha do impeachment. Derrubada Dilma, apoiou Michel Temer. O que mais seria preciso para deixar claro que a esquerda não pode se entender politicamente com FHC? ILUSTRAÇÃO: ROBERTO NEGREIROS_2017
Ainda a esquerda
Resposta ao economista Samuel Pessôa
Ruy Fausto | Edição 125, Fevereiro 2017
Li com interesse o artigo que o economista Samuel Pessôa publicou no número 123 da piauí, em dezembro de 2016, intitulado “A armadilha em que a esquerda se meteu”. No texto, o pesquisador da Fundação Getulio Vargas reage ao meu artigo “Reconstruir a esquerda”, publicado no número 121 da revista. Apesar do tamanho já considerável do meu escrito, mesmo para os padrões da piauí, é preciso dizer que o meu artigo de outubro de 2016 a rigor representava uma versão reduzida de um outro, maior, que publicarei em breve em forma de livro pela Companhia das Letras – e que também contará com uma tréplica mais detalhada às questões de ordem teórica e política levantadas por Samuel Pessôa no artigo sobre a “armadilha” que a esquerda teria armado para si.
Achei, de toda forma, que devia discutir nas páginas desta revista, mesmo que de maneira mais ou menos esquemática, os argumentos principais do artigo de Pessôa. Começo pelo mais geral, pela defesa franca que ele faz das políticas neoliberais, para definir um pouco as posições em confronto e as razões que as sustentam.
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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