"Mas e o Kamura? E o laquê?", indagou Bolsonaro
Barbeiro de Bolsonaro vira chanceler para acompanhá-lo na ONU
RIVE DES PIERRES COIFFEUR – “Esse negócio de que o Seu Djalma não é qualificado pra ir pra ONU é balela, tá ok? No tocante a isso daí ele tem plenos conhecimentos de como se faz um corte militar americano, um estilo espião russo, um coque samurai, um bigode alemão, tá certo? Conhece culturas, civilizações e vai nos ajudar nisso daí.” A frase foi dita pelo presidente Jair Bolsonaro, ao anunciar a substituição do chanceler Ernesto Araújo pelo seu barbeiro, Djalma Tibiriçá, escalado para acompanhá-lo em sua visita às Nações Unidas, na próxima semana.
A troca do comando no Itamaraty foi natural e meritocrática, segundo o porta-voz da presidência, Otávio Rêgo Barros, que lembrou que o primeiro-barbeiro Djalma Tibiriçá já havia se tornado figura conhecida entre presidentes do G7 depois que Bolsonaro dispensou um encontro com um ministro francês para priorizar o corte do cabelo. “Naquela ocasião, o presidente Bolsonaro estava com a franja desalinhada”, explicou Rêgo Barros. “Não seria de bom tom encontrar uma pessoa oriunda da França estando com o cabelo cheia de ponta dupla, sem laquê, com a raiz já num tom uó. O corte, portanto, foi estratégico, de forma a evitar um constrangimento internacional.”
Em Nova York, Djalma Tibiriçá já fechou a agenda para o dia 24, data em que Bolsonaro deve discursar na Assembleia Geral da ONU. “Na manhã ele deve fazer um alisamento japonês no presidente, procedimento que dura ao menos oito horas”, explicou o porta-voz. “Já na parte da tarde, a ideia é submeter o presidente a uma permanente, de maneira a dar um pouco mais de movimento nos fios. Por fim uma massagem capilar. Se sobrar tempo, aí ele discursa.”
A troca de Araújo por Tibiriçá foi comemorada por todo o corpo diplomático.
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