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Doce Vintage de Banana

Pavê de Bananas

Esta receita equivale ao lindo vestido herdado que traz embutidas na silhueta - cinturinha de vespa, claro - e na trama do tecido, histórias de uma época a passo de gente. Fala de um tempo em que as pessoas não consideravam um desperdício o tempo gasto passando com todo o capricho saias rodadas ou cheias de pregas, e que podiam ter porque estavam dispostas a lavar com o cuidado necessário, peças em que os botões de cristal eram verdadeiras obras de arte.

| 30 maio 2011_00h35
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Esta receita equivale ao lindo vestido herdado que traz embutidas na silhueta – cinturinha de vespa, claro – e na trama do tecido, histórias de uma época a passo de gente. Fala de um tempo em que as pessoas não consideravam um desperdício o tempo gasto passando com todo o capricho saias rodadas ou cheias de pregas, e que podiam ter porque estavam dispostas a lavar com o cuidado necessário, peças em que os botões de cristal eram verdadeiras obras de arte. Este é um doce do tempo das cartas manuscritas, da tinta azul real lavável, do mata-borrão e dos envelopes perfumados. Um doce romântico, coroado de suspiros.

É interessante constatar que a receita que temos aparece com algumas variações em vários blogs. O mesmo doce tem também nomes diferentes e surpreendentes: Chico Balanceado e Manezinho Araújo. Quem seriam esses homens para merecer uma homenagem tão doce?

Doce de banana, creme e suspiro

Creme:
1/2 litro de leite e 1 lata de leite condensado
4 gemas
4 colheres de amido de milho
1 colher bem cheia de manteiga

Doce de banana:
12 bananas nanicas (pode ser bem madura)
1 xícara de açúcar
1/4 xícara de água bem quente
Suco de meio limão
Canela em pó

Suspiro:
4 claras em neve
8 colheres de açúcar peneirado
Raspas de um limão

Bata no liquidificador os ingredientes do creme e leve ao fogo, mexendo sempre até engrossar. Coloque em um refratário grande e untado e reserve.

Leve ao fogo as bananas cortadas em rodelas grossas com o açúcar, deixe até começar a caramelizar o açúcar. Acrescente a água fervendo. Borrife o suco do limão, deixe ferver um pouco. Coloque sobre o creme, polvilhe com canela e reserve.

Bata as claras em neve até que fiquem bem firmes. Aqui cabe um aviso: para ter sucesso é importantíssimo que as claras estejam muito limpas, sem traço de gema e nenhuma manchinha de nada. Se cair alguma coisa, pesque com a ponta de um pano muito limpo. O ideal é bater as claras em um recipiente de cobre, mas na falta, prefira vidro ou louça, sempre bem secos, sem gordura e muito limpos. Se for bater a mão (parabéns!) e não tiver o batedor em espiral, segure dois garfos e mantenha separados pelo dedo indicador . Tente bater movimentando o pulso e não o braço e o ombro. (Leia no final do post a explicação do Bernardo, consultor da Cozinha Transcendental para questões científicas, sobre os fenômenos que acometem as claras),

Com as claras já bem duras, acrescente açúcar aos poucos até ponto de suspiro. A mistura deve ficar bem branquinha e brilhante. Ao esfregar um pouco entre dois dedos não se deve sentir grãos de açúcar. Espalhe as raspas de limão

Coloque o suspiro sobre o doce, faça desenhos em cima com um garfo e leve ao forno até dourar.

Se o forno não tiver uma graduação mínima de fato, asse com a porta do forno entreaberta e, quando dourar, não tire imediatamente. Desligue o forno e deixe mais um pouco. NUNCA coloque na geladeira quente ou morno, só quando estiver frio.
Fica mais gostoso gelado, mas se não der para esperar, não faz mal.

Fundo musical para se derreter com o doce de banana na boca:
 

A Cozinha Transcendental adverte que o doce pode provocar efeitos inesperados

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