Ilustração: Carvall
Eleição, substantivo feminino
Num país onde mulheres são metade do eleitorado, campanha foi marcada por violência de gênero e passou ao largo de temas como aborto e direitos reprodutivos
As mulheres são metade do eleitorado brasileiro. São elas que mais sofrem com os efeitos concretos da degradação de vida. Mesmo assim, muitas pautas importantes para a população feminina não foram suficientemente abordadas na campanha eleitoral. Várias análises publicadas pela piauí abordaram temas como a crise do cuidado, que afeta principalmente as mulheres negras, e a pobreza de tempo, relacionada diretamente com a exploração no trabalho e serviços públicos precários. Esta reportagem contou a história de Bárbara, que vive no cotidiano muitos dos problemas que a campanha esqueceu. O direito ao aborto, por sua vez, não encontrou espaço no debate. Pelo contrário, foi rechaçado e sua proibição foi utilizada como arma de campanha de Jair Bolsonaro, em defesa da família e dos “bons costumes” conservadores. O candidato, conhecido por suas falas machistas, mostrou, desde o início da campanha, por que o eleitorado feminino tem motivos para rejeitá-lo.
Leia as matérias e análises da piauí sobre o tema:
- Mulheres na fogueira
- Bolsonaro tem medo de mulher: ecos do primeiro debate presidencial
- Sobre mulheres, estatísticas e eleição
- Crise do cuidado exige mais que amor – exige política pública
- O que a eleição tem a ver com bolo de chocolate
- Sem casa, sem comida, sem emprego e sem creche