18set2013 | 15h16 | Internacional

Gabrielzinho se recusa a cancelar viagem à Disney

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PORTO ALEGRE – “Ela é ela e eu sou eu!”, esclareceu Gabrielzinho, em coletiva de imprensa convocada às pressas por ele na escolinha maternal onde estuda. Com o aval da direção do estabelecimento, o menino não participou do período da soneca para deixar claro que não se sentia representado por sua avó quanto à decisão de adiar a viagem aos Estados Unidos. “Me chegaram informações de que ela teria dito ao presidente Obama que minha ida à Disney também foi cancelada em represália aos atos de espionagem do governo norte-americano”, disse, visivelmente contrariado. “Pois bem, eu gostaria de deixar uma coisa absolutamente clara: assim como Merval Pereira, considero esse tipo de atitude uma bravata nacionalista, que além de inócua, revela a pior faceta de minha avó, que é o egoísmo. Então ela toma essa atitude tresloucada por razões puramente eleitoreiras, e sou eu quem paga o pato?” Espalmando a mãozinha no ar, o menino não escondeu seu desdém: “Talk to the hand, Dilma...”  

Gabrielzinho não só manterá a viagem como não descarta a hipótese de pedir asilo político assim que pisar em Orlando. “Isso aqui está ficando um inferno. Ela agora quer me carregar para La Paz. La Paz!”, exclamou o rapazote, quase engasgando na chupeta. A perplexidade foi geral e era visível o desassossego do corpo docente. A professora de artes mal conseguia disfarçar os olhos marejados e o instrutor de psicomotricidade soluçava baixo. Firme em seus propósitos, o menino prosseguiu: “Já liguei para o Aécio e para o Campos e me pus à disposição deles. Os dois foram muito receptivos, e para vocês terem uma noção da diferença, o Aécio garantiu que me apresentará à Branca de Neve, à Minnie e à Pequena Sereia, que já foram suas namoradas e com quem ele ainda se dá muito bem.” 

Eram onze da manhã quando a diretora agradeceu a presença da imprensa e avisou que Grabrielzinho estava atrasado para a aula de cubos lógicos. Ao sair da sala, o menino jogou um Transmorfer na testa do correspondente da Carta Capital. “É imprensa governista”, esclareceu.

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