Fontes dentro do Planalto indicam que a MP do genocídio do trabalhador foi escrita pelos assessores do ex-secretário de Cultura Roberto Alvim

23mar2020 | 16h20 | Economia

Após Cachoeiro do Itapemirim, Paulo Guedes quer que empregadas vão pra cova

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BOLSOTUR – “Todo mundo indo para Cachoeiro do Itapemirim, empregada doméstica indo para Cachoeiro do Itapemirim, uma festa danada. Pera aí. Vai passear ali no Cemitério da Consolação, vai passear ali no Lixão de Jardim Gramacho, está cheio de sobra de comida. Vai passear no Brasil, vai conhecer o Brasil. Está cheio de cova bonita para ver.” A declaração foi dada pelo ministro da Economia e da Eugenia, Paulo Guedes, durante o anúncio para a revogação do artigo 18 da MP 927 – que deixaria os trabalhadores sem quatro meses da salário, em meio ao surto do coronavírus.

“É muito difícil empreender no Brasil”, explicou Guedes, irritado. “Você imagina o ganho que o país poderia ter com essa Medida Provisória? Quanto caos social, quanta violência, quanto pobre indo pra cova, desonerando assim o governo da aposentadoria a ser paga no futuro? Poderia ser uma reforma da previdência espontânea, eu até diria um bônus na previsão de 1 milhão de mortes causadas pelo coronavírus. Mas não, vêm os direitos humanos, chiam, e o governo tem que abandonar esse projeto de superávit eugênico e fiscal.”

Apesar da desistência da edição da MP, o governo pretende lançar uma campanha de abandono voluntário de salários e do plano terreno. Serão peças publicitárias estrelando famosos apoiadores, com o slogan “Se aqui tá ruim, vá dessa para uma melhor”. Todos os contratados receberão cachês de seis dígitos simbólicos. A Secretaria da Cultura também prepara uma ação estrelando Regina Duarte, que vai lançar a campanha “Faça como o pum do palhaço: desapareça”.