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Na piauí_194

A capa e os destaques da edição de novembro

04 nov 2022_08h00
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A faxina, arte de Vito Quintans que ilustra a capa da primeira edição da piauí depois da eleição presidencial, reflete o grande desafio que Lula terá ao assumir o país em janeiro de 2023: restaurar uma terra quase arrasada. 

O historiador Luiz Felipe de Alencastro analisa quem foram os Derrotados e vencedores nas urnas e mostra como a vitória de Lula interage com as questões globais mais prementes de nosso tempo. Em Quero ser um rebelde, o repórter Luigi Mazza traça um perfil de José Genoino, personagem que teve papel relevante na história do PT, passou uma temporada no inferno e agora retorna ao debate público.

No mês em que se comemora a consciência negra, Um caso raríssimo traz uma denúncia de racismo estrutural contra a CNN Brasil. É talvez o primeiro caso em que um jornalista negro recorre à Justiça contra o preconceito nas redações brasileiras, conta Armando Antenore. Na última parte do projeto Querino, Felipe Botelho Corrêa discorre sobre a demora do Brasil em perceber a tônica antirracista e universal da obra de Lima Barreto (De ressentido a visionário), e Donas de si traz um conjunto de fotografias de mulheres negras feitas pelo celebrado fotógrafo Walter Firmo.

O país das falsificações é o resultado de uma investigação de 4 meses realizada por Allan de Abreu sobre o mercado de arte no Brasil. Gabriela Mayer visita a cova rasa do Brasil e conta a história do trabalho de identificação das ossadas encontradas na vala clandestina no cemitério de Perus em 1990. As equipes procuravam desaparecidos políticos, mas a maioria dos cadáveres era de pobres da periferia paulistana.

Bernardo Esteves relembra a jornada do pensador francês Bruno Latour, que morreu em outubro passado, aos 75 anos (O inimigo era outro). E Caio Barretto Briso traz a despedida do pai eterno: Márcio Antonio do Nascimento Silva, que perdeu um filho para a Covid em 2020 e ficou conhecido por uma manifestação que homenageava as vítimas com cem cruzes fincadas na areia da praia de Copacabana.

E mais: Reginaldo Pujol Filho escreve sobre sua longa experiência em oficinas literárias; Fernando Eichenberg perfila a diretora de teatro Christiane Jatahy; o barítono Homero Velho conta, em diário, sua preparação para atuar numa ópera baseada na peça homônima de Plínio Marcos; e Felipe Charbel narra sua experiência de crescer com uma mãe inclinada a acreditar em teorias conspiratórias.

Boa leitura!

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