Flavio Costa em entrevista à série Futebol /REPRODUÇÃO
Outro 1 a 2 em Copa, 68 anos atrás
Zizinho, Barbosa, Nilton Santos e o técnico Flávio Costa reconstituem as horas seguintes ao Maracanaço, a tragédia do Mundial de 1950
A Copa da Rússia acabou para o Brasil. Triste. Mas não haverá tristeza maior do que o Maracanaço, a derrota em casa para o Uruguai na Copa de 50. Nem mesmo o 7 a 1. Como escreveu Nelson Rodrigues, a final de 50 foi a nossa Hiroshima: “Uma humilhação jamais cicatrizada, que ainda pinga sangue”.
O lateral Nilton Santos, que não jogou a decisão, o goleiro Barbosa e o meia Zizinho, titulares no time de 50, relembram o que viram nas ruas do Rio de Janeiro naquele 16 de julho. “Estava até conformado, até sair do estádio e encontrar minha esposa e as esposas de outros jogadores, em prantos, em lágrimas. Aquilo chocou mais do que o próprio jogo”, contou Barbosa, em entrevista gravada originalmente para a série Futebol, entre 1996 e 1998.
E Flávio Costa, técnico do time, fala dos fantasmas que o assombraram por muito tempo depois da derrota.
Até o fim da Copa, a piauí vai publicar trechos – alguns deles inéditos – de depoimentos de jogadores das principais seleções brasileiras em Copas do Mundo, como as de 58, 62 e 70. É como se eles estivessem comentando a Copa da Rússia. As gravações foram feitas para a série Futebol, de João Moreira Salles e Arthur Fontes, exibida em maio de 1998 no canal GNT. A direção de fotografia é de Walter Carvalho.
Vídeos da série “Diz aí, mestre”:
– Dadá Maravilha e Zizinho relembram as manhas para infernizar a vida dos oponentes numa Copa;
– Zico conta o que é perder um pênalti em jogo decisivo de Copa do Mundo, como o que ele errou em 86;
– Bellini, Zizinho, Telê Santana e Nilton Santos medem a pressão sobre o jogador do Brasil em um Mundial;
– Didi ensina a arte do meia-armador, aquele que Tite não tem;
– Flávio Costa, técnico da seleção de 50, e Telê Santana, de 82 e 86, explicam o papel do treinador dentro e fora de um Mundial;
– Nilton Santos, Tostão e Telê Santana investigam a relação de amor e ódio do brasileiro com a seleção;
– Barbosa lembra o quanto custa o erro de um goleiro numa Copa do Mundo;
– Nilton Santos e Zezé Moreira lembram da desolação de deixar uma Copa no meio do caminho – como para os times que já caíram na Rússia;
– Zizinho e Ademir da Guia falam da dor de deixar os gramados e das artimanhas do craque para adiar o fim da carreira;
– Bellini relata como recebeu a braçadeira de capitão em 58;
– Os craques Nilton Santos e Didi contam como driblavam o medo.
Ficha técnica da série “Diz aí, mestre”
Reportagem: Christian Carvalho Cruz
Edição e montagem: Camila Zarur
Edição de imagem: Paula Cardoso
Locução: Luigi Mazza
Imagens: Folhapress, CBF, Fifa e Getty Images
Coordenação: José Roberto de Toledo e Vitor Hugo Brandalise
Agradecimentos: VideoFilmes, Museu do Futebol e Museu da Pelada
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